Às
vezes, por motivos banais, deixamos passar oportunidades únicas, que jamais se
repetirão em nossas vidas.
São
momentos em que uma distração qualquer nos afasta do abraço afetuoso de um ser
querido…
Um compromisso, que poderíamos adiar,
nos impede de ficar um pouco mais com alguém que nos deixará em breve…
Depois, como aconteceu ao pai que
recusou os beijos do filho, só resta a dor do arrependimento.
E essa dor é como um fogo que queima
sem consumir.
E não é necessário que a pessoa a
quem negamos nossa atenção seja arrebatada pela morte, para que sintamos o
desconforto do arrependimento.
Quantos filhos deixam de procurar os
pais, por falta de atenção, e se vão, em busca de alguém que ouça seus
desabafos ou responda suas perguntas.
Quantas esposas se fecham no mutismo,
depois de várias tentativas de diálogo com o companheiro indiferente ou frio.
Quantos esposos se isolam, após
tentativas frustradas de entendimento.
Por todas essas razões, vale a pena
prestar atenção nos braços que se distendem para um abraço, os lábios que se
dispõem para um beijo, as mãos que se oferecem para um carinho.
* * *
Um gesto de ternura deve ser sempre
bem recebido, mesmo que estejamos sobrecarregados, cansados, sem vontade de
atender.
Uma demonstração de amor é sempre
bem-vinda, para dar novo colorido às nossas horas, ao nosso dia a dia, às
nossas lutas.
O amor, quando chega, dissipa as
trevas, clareia o caminho, perfuma o ambiente e refaz o ânimo de quem lhe
recebe a suave visita.
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